sexta-feira, 3 de junho de 2011

Palavras de Mariana

Hoje, embaralho-me entre sons e movimentos desta cidade e tento encontrar meu lugar dentro desta construção. Construo junto. Dilato minhas opiniões e pensamentos. Guardo. Retiro-me. Saio de cena. Às vezes observo. Outras, me fecho. Mas volto. E aí sem nenhuma explicação maior que a própria vida e sua urgência, subo no lugar mais alto e me jogo lá de cima. Meu pensamento recorre às memórias e é isso que me mantém ali, de braços abertos sobre uma base móvel. Não há nada para me agarrar. Fico ali e me preparo durante alguns segundos antes de me jogar. Não fosse o abraço de quem hoje está perto, o chão seria o meu primeiro contato. Ao contrário disso, caio macio, suave. Olho para tudo com olhos de risco. E é dentro desse limiar que construo a minha história.


2 comentários:

  1. Me levarei ao proximo encontro. Levarei-me. Me livrarei do que não é encontro. Estarei aqui, ai.

    ResponderExcluir