Há um mês eles se encontraram pela primeira vez. Personagens de lugares diferentes ocupando o espaço vazio do apartamento onde irão morar a partir de agora. Neste segundo encontro chegaram Roberta Savian e Janaína Moreno, duas novas moradoras do apartamento. No decorrer deste dia todos compartilharam um segredo.
O que você levaria para um primeiro encontro onde ninguém te conhece? O que poderia traduzir você e te representar neste momento de sua vida?
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Depois de muito tempo sem açúcar
Segundo dia de ENTRENCONTROS. Neste vídeo o ator Márcio Vesolli lê o texto "Depois de muito tempo sem açucar" de Mariana Coutinho.
"Tenho acordado sempre antes das sete da manhã. Naturalmente. Quarto novo. Nova janela. Jardim. Rua nova. Novos vizinhos. Lanchonete. Café bem quente antes das oito da manhã. Suco de laranja. Melancia. Mamão. Abacaxi. - "Seu Aurélio, por favor, um pãozinho com queijo minas"! Queijo minas? Antes, para mim todos os queijos eram feitos em minas! Ando pelas ruas como se ninguém me notasse. E não notam! Não preciso dizer como foi o dia de ontem e como será o de amanhã. Incrível tocar este lugar! Quando chega a noite, as paredes e o o cheiro do meu novo quarto é o que me traz consolo. É por isso que tenho que agradecer sempre a Deus. O seu quarto me protege. Depois de muito tempo sem açúcar chego em casa à procura de algo um pouco mais doce. Lembro dele chegando em minha casa com um vinho nas mãos e eu debaixo do chuveiro. Depois de anos eu ainda não tinha perdido este costume! Não tinha como ser diferente. A taça entre o indicador e o polegar da mão esquerda tocava levemente seus lábios. Com um abraço me trouxe uma barra de chocolate! Deixei lacrada. Acomodada na bolsinho da mala. Sim. Depois de muito tempo sem açúcar lembro do presente que ele me deu. Amores e amigos se fazem presentes em pequenos gestos. Devoro o chocolate! Afinal, não tenho ainda com quem dividir. Talvez seja essa minha procura pelo afeto. Só pode ser. Doce. Chocolate. Vinho. Qualquer coisa que desloque o calor desta cidade para outro lugar. Se estou feliz? O que poderia dizer se ainda não sei andar pelas ruas desta cidade e ainda assim vou em frente numa velocidade que não me deixa olhar para os lados? Mas ainda assim, olho! Olho e me perco repetidas vezes. Nunca sem coragem. O que eu poderia dizer se aqui tudo é tão simples como o lugar de onde vim? Quando acordo consigo avistar os braços de quem abençoa esta cidade. Abençoa? Para sempre vou acreditar que sim. O que posso dizer se olho pra vida com olhos um pouco mais puros e nada, nada ingênuos? O que posso dizer se acredito absurdamente no meu trabalho exatamente por ser simples. Exatamente por ser sensível. O que posso dizer se sinto uma saudade inenarrável e ainda assim me mantenho diante da linha do horizonte? Às vezes acordo e demoro para entender onde estou. Mas sinto-me corajosa. Por estar aqui. Por amar quem eu amo de longe. Por acreditar e, posso confessar (?), por ter me colocado em risco e ter me jogado assim: de olhos bem abertos sabendo (!?) o que poderia vir a seguir."
Quando o interfone toca e você não está lá
A primeira vez que estive com eles, acho que eles nem tinham estado lá. Faz muito tempo, eu nem me lembro quando ou se, eles saberiam precisar. Cada um viria no tempo certo, na hora de abrir a porta e se deixar ficar. Foi assim comigo.Ensaiei diversas vezes essa entrada, essa chegada, eu diria. Mas não, não conseguia passar da porta. Eu era só idéias e verborragia. Nenhum movimento, nenhuma ação. Foi assim que num segundo dia, já que no primeiro eu relutaria, pude enfim me encontrar a sós, com eles.
Entrei naquele apartamento onde tudo aconteceria não no dia em que eu era esperada, mas quando eles menos me esperariam.
Não havia hora marcada, nem motivos aparentemente pertinentes para tal. Apenas uma tarde ensolarada e a vontade deles e minha de se deixar afetar. Sim, mas tarde eu os precisaria. Mas com o tempo, minhas vontades se domariam para fazer a casa andar.
É sempre assim, quando não se conhece o outro. Um momentâneo "quem desdenha quer comprar" ou um "daqui a eternidade".
Não, ainda não houve nosso encontro, talvez apenas um meio ( 1 1/2) novo de se olhar. Mesmo assim quis fazer parte, estar por perto, ganhar um carinho, uns cigarros, alugar um quarto, enfim, quis me mudar. Eu era sempre tão eu, tão sozinha em qualquer lugar.
Seria cada um, um novo porta-retrato a se desvendar. Sim, eles se apresentariam, mas fato é que eu já os sabia, fazia tempo que os observava. Eles eram pedaços de mim, que conseguiam ver-sentir-tocar-falar. Eram personagens que só eles mesmos poderiam explicar. Pensei que eu também devia ser assim. Eles sorriram como se ouvissem os meus pensamentos pensados mais recentemente e apontaram para a porta. Tenho a impressão de ter ouvido alguém dizer : vai lá, a porta sempre esteve aberta era só atravessar o batente.Dito e feito, apenas mais um passo e eu sempre estive lá. Eles são seis, mas somos mais, somos todos numa grande arte de se entrencontrar. A casa estava vazia mas cheia de gentes e eram homens e moças, bonitos por demais. Falavam de segredos. Encostei-me num canto, sentada no chão e comecei a a me apresentar.
Eu sou Tati Berlim, mas poderia não ser. Sou alter ego de mim mesma. Queria ser Peter Pan. Nasci Rebello, mas achei simples demais e resolvi mudar. Mudei o nome, os cabelos e diria até que mudei de sexo se isso fosse contar. Mas não, quase ainda não mudei. Vim caminhando numa linha reta, quase sempre no limiar da noite com o dia, quando são as corujas que gorjeam por lá. Nessa hora vejo um azul cor de índigo que me faz querer morrer um pouco, mas algo assim como o gozo dos franceses. Ah, não venha me criticar se o humor e o sexo hoje servem para me inspirar. Já carreguei muitas pedras precisosas nesse coração lapidado, mas as fui deixando no caminho para amparar as águas das chuvas, fazendo leitos de rio, onde outros irão pescar. Tenho um coração maior que a boca, mas quase nunca deixo de falar. As vezes escrevo no papel, noutras no olhar. Quero ser literariedade, culturalistica, excentricamente falando, só quero ser feliz. Então produzo peças, filmes, realities shows e amigos, esse é o meu gostar.
É por isso Mari que te escrevo, para agradecer a sala, a cia e tudo o mais que virá.
Sinto-me como um bilhete, uma carta que precisava chegar, ainda que o destinatário esteja em outro lugar. Sempre fui aquele interfone que tocar sem cessar, mas sempre, sempre quando nunca estamos lá.
E agora, bom, agora eu tenho onde ficar, mas não se preocupe com as chaves.
Só deixe a janela aberta, porque hoje, eu aprendia voar.
Entrei naquele apartamento onde tudo aconteceria não no dia em que eu era esperada, mas quando eles menos me esperariam.
Não havia hora marcada, nem motivos aparentemente pertinentes para tal. Apenas uma tarde ensolarada e a vontade deles e minha de se deixar afetar. Sim, mas tarde eu os precisaria. Mas com o tempo, minhas vontades se domariam para fazer a casa andar.
É sempre assim, quando não se conhece o outro. Um momentâneo "quem desdenha quer comprar" ou um "daqui a eternidade".
Não, ainda não houve nosso encontro, talvez apenas um meio ( 1 1/2) novo de se olhar. Mesmo assim quis fazer parte, estar por perto, ganhar um carinho, uns cigarros, alugar um quarto, enfim, quis me mudar. Eu era sempre tão eu, tão sozinha em qualquer lugar.
Seria cada um, um novo porta-retrato a se desvendar. Sim, eles se apresentariam, mas fato é que eu já os sabia, fazia tempo que os observava. Eles eram pedaços de mim, que conseguiam ver-sentir-tocar-falar. Eram personagens que só eles mesmos poderiam explicar. Pensei que eu também devia ser assim. Eles sorriram como se ouvissem os meus pensamentos pensados mais recentemente e apontaram para a porta. Tenho a impressão de ter ouvido alguém dizer : vai lá, a porta sempre esteve aberta era só atravessar o batente.Dito e feito, apenas mais um passo e eu sempre estive lá. Eles são seis, mas somos mais, somos todos numa grande arte de se entrencontrar. A casa estava vazia mas cheia de gentes e eram homens e moças, bonitos por demais. Falavam de segredos. Encostei-me num canto, sentada no chão e comecei a a me apresentar.
Eu sou Tati Berlim, mas poderia não ser. Sou alter ego de mim mesma. Queria ser Peter Pan. Nasci Rebello, mas achei simples demais e resolvi mudar. Mudei o nome, os cabelos e diria até que mudei de sexo se isso fosse contar. Mas não, quase ainda não mudei. Vim caminhando numa linha reta, quase sempre no limiar da noite com o dia, quando são as corujas que gorjeam por lá. Nessa hora vejo um azul cor de índigo que me faz querer morrer um pouco, mas algo assim como o gozo dos franceses. Ah, não venha me criticar se o humor e o sexo hoje servem para me inspirar. Já carreguei muitas pedras precisosas nesse coração lapidado, mas as fui deixando no caminho para amparar as águas das chuvas, fazendo leitos de rio, onde outros irão pescar. Tenho um coração maior que a boca, mas quase nunca deixo de falar. As vezes escrevo no papel, noutras no olhar. Quero ser literariedade, culturalistica, excentricamente falando, só quero ser feliz. Então produzo peças, filmes, realities shows e amigos, esse é o meu gostar.
É por isso Mari que te escrevo, para agradecer a sala, a cia e tudo o mais que virá.
Sinto-me como um bilhete, uma carta que precisava chegar, ainda que o destinatário esteja em outro lugar. Sempre fui aquele interfone que tocar sem cessar, mas sempre, sempre quando nunca estamos lá.
E agora, bom, agora eu tenho onde ficar, mas não se preocupe com as chaves.
Só deixe a janela aberta, porque hoje, eu aprendia voar.
Doce e Cortante
Primeiro dia de ENTRENCONTROS. Neste vídeo o ator João Gabriel lê o texto "Doce e cortante" de Mariana Coutinho.
"Acordei. O espelho novinho em folha da minha cabeceira caiu sobre meu travesseiro. Macio. Lembrei imediatamente de minha amiga Grace Passô. Em seu texto ela conta a história do pé de abacate plantado no quintal de sua casa, e fala de sua vontade de colocar colchões largos em volta do pé para que os abacates caíssem sem medo. Grace queria a natureza mais doce. Um espelho caindo sobre meu travesseiro também “espanca doce” o amanhecer do meu dia. Espelho reflete. Espelho corta. Espelho quebra. Espelho multiplica. Mas nesta manhã ela apenas me acordou. Quarto azul. Rio de Janeiro. Março. Chuva. Frio. Sim, frio no meu quarto do Rio. Depois de tanto tempo: agora estou sozinha aqui. Com este amanhecer bruscamente doce. Peguei super bonder para colar o espelho na parede azul da minha cabeceira. Sexy? Não. Minha intenção é apenas feminina e poética. Preciso olhar atenta para tudo à minha volta no início dos meus quase 29 anos. É sempre um horror usar essa cola contemporânea. De volta à parede, olhei meu rosto inchado no espelho e passei as pontas dos dedos no canto de um sorriso que começava a surgir. Pronto! Meus dedos ficaram presos! Colados! Grudados no meu sorriso. Agora estático. Um sorriso colado. Logo no amanhecer deste dia. Quem me obriga a sorrir? Logo hoje, dia 3 do mês 3. Há um mês meu coração feliz anunciava nada tímido a chegada de um novo amor. Hoje aqui estou. Sozinha. Inteira. Olhando meu sorriso colado na frente do espelho. Levanto da cama com meus dedos ocupados neste lirismo facial. Faria qualquer amigo que costuma acordar comigo, morrer de rir. Mas agora sozinha não tive com quem compartilhar esta minha tentativa inconsciente de ser feliz. Caminho até o banheiro. Água quente para dilatar e aquecer. Quentinho. Isso me lembra alguma coisa. Mas fica para depois. Meus dedos descolados do antigo sorriso me fazem rir da dor. O espelho. O travesseiro. O sono. O espelho poderia ter caído cortante sobre meus sonhos. Alguma coisa me protege. Sempre tive essa certeza. O “espancar doce” deste amanhecer me faz acreditar que tudo está como deveria. Começo o dia com um sorriso colocado no rosto. Água. Nada de maçã! Café bem quente. Acho que agora eu começo a entender como lidar com a queda inevitável do espelho. Deixar cair é a melhor opção. Se a queda será macia. Suave. Cortante. Ah! Isso sim será sempre uma escolha nossa."
Palavras de Janaína
Sou Janaína Moreno, acho que sou a própria personagem de mim mesma.
Nasci Janaína Rodrigues de Brito, filha de mãe solteira, neta de mãe solteira, bisneta de mãe solteira e... mãe solteira. A bisa era índia que se atracou com negro, A avó era cabocla que se atracou com Holandês , a mãe já era Brasil e se atracou com Alemão e eu, eu sou de tudo um pouco, pertenço a todos os lugares.
Sempre só eu ando procurando um lar ou alguém pra conversar. Foi com este ímpeto que resolvi mudar de cidade. Escolhi o Rio de Janeiro, que cenário, meu Deus! Que cenário! 2 anos no Rio de Janeiro, 1 namorado bobão, vários encontros superficiais , um quarto no Leme, um quarto no bairro de Fátima, um quarto em Santa até eu encontrar um amor. Finalmente meu primeiro lar, um quarto e sala no Bairro de Fátima. Durou menos do que eu esperava, menos do que eu me doei. Mas ninguém agüenta esta personagem, nem eu! Hoje 17:00 hs de uma sexta feira(poderia ter esperado mais uma hora para escrever, acho 18hs de uma sexta feira mais exotérico e significativo, enfim), moro de favor na casa de uma amiga poderosa e de coração genuíno. Cuido da cachorra dela! Uma Pug, a Gorda!
Estudo canto e aguardo uma verba para a gravação do meu primeiro disco. É eu sou cantora, sou atriz e cantora, mas antes sou artista e por isso saio por aí ensinando cavalo azul a voar.
Eu sofro de medos, o maior deles é em relação ao meu filho. Se chama Cassiel, foi o pai quem escolheu o nome, ele é amante da obra de Wim Wenders, “Tão Longe, Tão Perto”. Eu gostei. Não havia nenhum no catalogo de telefones da Telemar. Era uma garantia de que ele não seria mais um, só mais um. O medo mora na dúvida. O que é que ele vai ser quando crescer. Eu me tornei esta que escreve sem medir muito as palavras neste exato momento, com a contribuição de minha mãe e com a não contribuição de meu pai.
Sou intensa e traduzo sentimentos em pranto, mas minha condição é a de ser sorridente.
Dentes, tenho todos, largos grandes, para compor com a boca larga e carnuda, pra compor com o rosto oval e grande que suportam os olhos amendoados, pra compor com os seios fartos pra compor com meus assustadores 1m78cm. Mas para ser maior, é o que todos falam, acho que é por eu ser forte, mais que magra, menos que gorda.
Da mistura de minha origem sobrei com a pele parda de índio, cabelos crespos e preferencia religiosa negra , minha parte branca não sei identificar. É que não tive referências. Os homens se foram, todos. Sobrou os calos nos dedos dos pés. Minha mãe me assegurou que foi um presente de meu pai. Tem de ser, afinal, minha mãe tem pés de princesa e os de vovó, idem.
Posso morar com vocês neste apartamento? Tenho como me manter com as minhas rendas, com as vermelhas, principalmente.
sábado, 21 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
Apresentação
O que você levaria para um primeiro encontro onde ninguém te conhece? O que poderia traduzir você e te representar neste momento de sua vida?
Ao responder estas perguntas cada ator-personagem começa a levantar material para a criação da dramaturgia de ENTRENCONTROS.
ENTRENCONTROS conta a trajetória de nove personagens que se encontram pela primeira vez em um apartamento vazio onde irão morar. Cinco mulheres. Quatro homens. Todos de lugares diferentes. Jovens que decidiram mudar a rota de suas vidas. Mudam de cidade. Cada um com sua história. Cada um iniciando um momento de transformação. Para viver esta história, atores profissionais e não atores dividem a cena.
Durante os encontros surgem histórias, confissões, cenas reais, conflitos que são guiados e registrados pelo olhar de Sílvia Batista Godinho. É importante ressaltar que essa dinâmica modificou a ficha técnica do projeto. A figurinista Tatiana Brescia foi convidada para atuar e levar para a cena a sua história. Os personagens? São criados pelos próprios atores.
O espaço também começa a ser desenhado a partir da entrada de cada personagem, com as histórias e objetos trazidos por eles.
O que move o projeto: o encontro.
Como um espaço vazio pode ser preenchido e transformado a partir de vários encontros em nossas vidas? Um espaço que será construído mas pode ser desconstruído a qualquer momento.
Este é o lugar de risco que envolve os personagens.
O objetivo final? Um longa-metragem e um espetáculo que convida o público a entrar dentro desta história.
Ao responder estas perguntas cada ator-personagem começa a levantar material para a criação da dramaturgia de ENTRENCONTROS.
ENTRENCONTROS conta a trajetória de nove personagens que se encontram pela primeira vez em um apartamento vazio onde irão morar. Cinco mulheres. Quatro homens. Todos de lugares diferentes. Jovens que decidiram mudar a rota de suas vidas. Mudam de cidade. Cada um com sua história. Cada um iniciando um momento de transformação. Para viver esta história, atores profissionais e não atores dividem a cena.
Durante os encontros surgem histórias, confissões, cenas reais, conflitos que são guiados e registrados pelo olhar de Sílvia Batista Godinho. É importante ressaltar que essa dinâmica modificou a ficha técnica do projeto. A figurinista Tatiana Brescia foi convidada para atuar e levar para a cena a sua história. Os personagens? São criados pelos próprios atores.
O espaço também começa a ser desenhado a partir da entrada de cada personagem, com as histórias e objetos trazidos por eles.
O que move o projeto: o encontro.
Como um espaço vazio pode ser preenchido e transformado a partir de vários encontros em nossas vidas? Um espaço que será construído mas pode ser desconstruído a qualquer momento.
Este é o lugar de risco que envolve os personagens.
O objetivo final? Um longa-metragem e um espetáculo que convida o público a entrar dentro desta história.
domingo, 1 de maio de 2011
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